“Busca Cacho” otimiza a colheita de açaí 

Uma inovação que promete otimizar a colheita de açaí e aumentar a segurança dos trabalhadores rurais vem ganhando destaque no mercado. O equipamento conhecido como “Busca Cacho”, teve as vendas triplicadas desde a pandemia de Covid-19, quando começou a comercialização. A ferramenta foi desenvolvida pela startup Ethos Amazônia, instalada no Parque Tecnológico de Tucuruí, no Pará. O estado é um dos principais produtores do fruto, com 160 mil toneladas por ano. 

O equipamento de colheita é totalmente manual e mecânico,  projetado para “abraçar” a palmeira do açaí. Para a subida, são utilizadas hastes ajustáveis, permitindo alcançar os cachos do fruto a até 20 metros de altura. O sistema de molas se ajusta automaticamente ao diâmetro da palmeira, garantindo um uso seguro e sem a necessidade de uma complexa manutenção. 

“Vendemos kits com diferentes alcances, de 14 a 20 metros, e a maioria dos produtores opta pelo kit completo para maior versatilidade”, explica Roberto Pacheco, gerente comercial da empresa. O custo do equipamento pode variar entre R$ 1.800 e R$ 2.200, dependendo da quantidade de hastes solicitadas. 

“Começamos aqui no Pará e já vendemos para quase todos os estados e já exportamos para oito países da América do Sul”, destaca Pacheco. Entre os estados compradores, destacam-se: Pará, Amazonas, Amapá, Maranhão e São Paulo. Já entre os países, Colômbia, Peru e Guiana Francesa são os principais compradores. 

Segurança e acessibilidade na colheita de açaí

Segundo o representante da Ethos Amazônia, a inovação do “Busca Cacho” vai além da funcionalidade, uma vez que o método tradicional de colheita do açaí envolve subir nas palmeiras com a ajuda de uma peconha — espécie de alça ou laço feito geralmente de corda, couro ou outros materiais. A peconha é presa aos pés do colhedor, permitindo que ele escale o tronco da palmeira. 

“O método da peconha exige grande habilidade física, mas com nosso equipamento, qualquer pessoa pode colher açaí de forma segura e eficiente”, diz Roberto. “Isso democratiza a colheita, permitindo que mulheres e trabalhadores mais velhos também participem”, completa.  

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