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Agropecuária demite mais em março e perde 5,6 mil vagas

Sudeste foi a única região do país que gerou novos empregos na atividade

O setor agropecuário demitiu mais do que contratou no mês março. Com isso, foram fechadas mais de 5,6 mil vagas de emprego no mês passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho e Emprego por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).

Entre os grupos de atividade econômica medidos pelo cadastro, apenas a agropecuária e o comércio tiveram corte de empregos. O saldo geral do mês é positivo, com 71 mil empregos criados.

Apesar do recuo, historicamente, o mês de março é marcado por mais desligamentos do que admissões na agropecuária. Em comparação com março de 2024, o resultado é melhor, já que na época foram registradas menos 5,9 mil vagas. 

Ao todo, março teve 105 mil novos contratos de trabalho firmados no setor, sendo 85 mil homens e 19,8 mil mulheres. A maioria dos novos empregados tem somente o ensino médio completo como grau de instrução. A faixa etária de maior peso é a de 18 a 24 anos. 

Já as demissões somaram 110,7 mil. Desse total, a maioria foi de homens, cerca de 91,1 mil. As mulheres representaram 19,5 mil desligamentos no setor. A maioria tem entre 30 e 39 anos e também possui apenas o ensino médio completo como formação escolar. 

No detalhamento por região, apenas o Sudeste registrou a criação de empregos:

Quanto ao salário médio das novas admissões, houve uma queda de 0,64% na comparação com a média do mês de fevereiro de 2025. Com isso, o valor ficou em R$ 2.076,19. A média geral incluindo todas as atividades econômicas foi de R$ 2.224,17. 

O ministério também divulgou o saldo acumulado do primeiro trimestre deste ano. De janeiro a março, o setor agropecuário registra 51 mil novos empregos gerados, ou seja, a diferença entre novos contratos e demissões no acumulado deste ano é positiva. Ao todo, o Brasil gerou 654 mil empregos neste período.

De acordo com o Caged de março, o Brasil tem 47,8 milhões de trabalhadores formais, sendo 1,84 milhão no na atividade agropecuária.