Suinocultura inicia 2° semestre com preços estáveis e boas perspectivas  | Agro Estadão
PUBLICIDADE

Economia

Suinocultura inicia 2° semestre com preços estáveis e boas perspectivas 

Produção e exportação de carne suína devem seguir em ascensão em 2025, crescendo 1,9% e 5,1% respectivamente

Nome Colunistas

Rafael Bruno | São Paulo | rafael.bruno@estadao.com

23/07/2024 - 17:45

Foto: Adobe Stock
Foto: Adobe Stock

O mercado brasileiro de suínos segue a semana com preços praticamente estáveis, seja no atacado, com as vendas de carnes, ou na comercialização dos animais. De acordo com acompanhamento da consultoria Safras & Mercado, as negociações envolvendo o animal vivo voltaram a acontecer em um ambiente de equilíbrio, com frigoríficos ativos, mas mostrando cautela em relação a preços – avaliando que o escoamento da carne tende a perder força até o fim do mês.

Em São Paulo a arroba do suíno vivo é sinalizada em média a R$ 149, cerca de R$ 7,95 por quilo. Valor semelhante pode ser observado no interior de Minas Gerais, com o quilo cotado a R$ 8,10. Na integração de Santa Catarina as negociações são com menor preço, R$ 5,65 o quilo, em média.

Conforme análise setorial, os suinocultores apontam que, no curto prazo, a oferta de animais deve seguir ajustada, auxiliando na manutenção dos preços. 

A consultoria também cita o bom volume das exportações brasileiras de carne suína, que tem ajudado a “enxugar a disponibilidade doméstica”. Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil embarcou, neste mês, até a terceira semana, 82,280 mil toneladas, com média diária de 5,48 mil toneladas. Caso esse ritmo persista nos próximos dias, julho deve bater recorde histórico mensal.

No atacado paulista o quilo da carcaça é comercializado a R$ 11,95, em média, uma variação positiva de 6,7% em 15 dias. Valores e variações semelhantes são verificados no Paraná, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. 

PUBLICIDADE

Disponibilidade de carne suína no 2° semestre de 2024

Com melhores preços ao longo da cadeia produtiva, em meio a um quadro mais ajustado de oferta e custos contidos, as cotações da carne suína também devem seguir o segundo semestre deste ano com preços firmes. Contribuem para este cenário o consumo interno, que vem sendo amparado pelo melhor nível de emprego e renda no país. Também devem ajudar na manutenção dos bons preços o inverno e posteriormente as festas de fim de ano.

Pelo lado externo a consultoria destaca variáveis positivas como a valorização do dólar frente ao real, que favorece o nível de atratividade da carne suína brasileira no mercado internacional. Aponta também que outro ponto importante é que “o Brasil deve continuar ganhando espaço de mercado deixado pela União Europeia, que sofre com rebanho curto e custo elevado”. 

A abertura de novos mercados internacionais é favorável para o Brasil sobretudo neste momento em que a China – que continua sendo o principal importador da carne suína brasileira – passa por uma conjuntura de oferta elevada em meio à desaceleração econômica, quadro que derruba as necessidades de importações. No entanto, o Brasil tem conseguido “compensar” essa retração chinesa com a diversificação das vendas, mostra o relatório da Safras.

Produção e exportação de carne suína em 2025 devem superar resultados deste ano

Foto: Adobe Stock

Em 2025 o Brasil deve exportar 1,298 milhão de toneladas de carne suína, avanço de 5,1% sobre o volume esperado para este ano de 1,236 milhão de toneladas, conforme projeção mais recente da Safras & Mercado.

De olho no principal parceiro comercial do Brasil, as estimativas iniciais apontam para uma ampliação de aquisições chinesas de carne suína a partir do ano que vem. “Considerando que a oferta interna estará mais ajustada devido à queda do rebanho suíno neste ano – na casa dos 6% – , em meados de 2025 a China deve ampliar as compras no mercado internacional”, diz a consultoria.

PUBLICIDADE

A expansão de vendas ao mercado asiático também deve seguir no radar brasileiro em 2025. Como exemplo, a Safras cita as Filipinas e o Japão, concorrendo diretamente com os Estados Unidos na ampliação de market share.

Diante das expectativas positivas em relação à exportação e margens, a produção brasileira de carne suína deve crescer no próximo ano e atingir a marca de 5,449 milhões de toneladas, crescimento de 1,9% frente à estimativa de 5,347 milhões de toneladas para este ano.

A disponibilidade interna para 2025 está estimada em 4,151 milhões de toneladas, 1% a mais que a projeção para 2024, de 4,111 milhões de toneladas.

Com tamanha disponibilidade doméstica, o consumo interno chama a atenção do mercado. “O primeiro semestre de 2025 deve ser o período mais difícil, considerando os efeitos sazonais como maior nível de despesas das famílias e temperaturas elevadas”, expõe o relatório da Safras.

Além dos efeitos sazonais, há apontamentos quanto à evolução da inflação no Brasil, o nível de atividade econômica e os preços das proteínas de origem animal concorrentes (bovinos e aves).  

Siga o Agro Estadão no Google News e fique bem informado sobre as notícias do campo.

Siga o Agro Estadão no WhatsApp, Instagram, Facebook, X, Telegram ou assine nossa Newsletter

PUBLICIDADE

Notícias Relacionadas

Paraná: Deral eleva projeção de safra de soja 2024/25 para 21,32 milhões de t

Economia

Paraná: Deral eleva projeção de safra de soja 2024/25 para 21,32 milhões de t

A nova previsão representa uma aumento de 1,23% em relação ao relatório anterior, quando eram esperados 21,06 milhões de toneladas

Mapa libera importação de tilápia do Vietnã

Economia

Mapa libera importação de tilápia do Vietnã

Decisão reverte suspensão adotada em fevereiro para reavaliar riscos de introdução do vírus TiLV; entidades do setor relatam preocupação

Safra recorde: Tocantins deve colher 8,9 milhões de toneladas de grãos

Economia

Safra recorde: Tocantins deve colher 8,9 milhões de toneladas de grãos

Segundo levantamento da Conab, produção avança 16% em relação ao ciclo anterior e estado se consolida como maior produtor da Região Norte

Com quebra de safra, PIB da cadeia da soja e do biodiesel recua 5,03% em 2024

Economia

Com quebra de safra, PIB da cadeia da soja e do biodiesel recua 5,03% em 2024

Apesar do recuo, resultado foi o segundo melhor da história, somando R$ 650,4 bilhões, segundo levantamento da Esalq/USP e da Abiove

PUBLICIDADE

Economia

Anec reduz projeção de exportação de soja pelo Brasil em abril

Apesar do corte de 160 mil toneladas na média, o volume ainda supera os 13,4 milhões de toneladas embarcados em abril de 2024

Economia

China nega que esteja envolvida em negociações tarifárias com EUA

Ministério das Relações Exteriores da China classificou notícias sobre acordo como “fake news”

Economia

AgroGalaxy reverte lucro e tem prejuízo líquido ajustado de R$ 292,4 milhões

Valor se refere ao quarto trimestre de 2024; em igual período do ano anterior, a empresa obteve lucro líquido ajustado de R$ 107,9 milhões

Economia

Justiça de MT determina perícia e cobra nova rodada de documentos do Grupo Safras

Decisão foi publicada na noite da segunda-feira, 21, e se refere ao processo aberto no início do mês pelo grupo para reestruturar dívidas

Logo Agro Estadão
Bom Dia Agro
X
Carregando...

Seu e-mail foi cadastrado!

Agora complete as informações para personalizar sua newsletter e recebê-la também em seu Whatsapp

Sua função
Tipo de cultura

Bem-vindo (a) ao Bom dia, Agro!

Tudo certo. Estamos preparados para oferecer uma experiência ainda mais personalizada e relevante para você.

Mantenha-se conectado!

Fique atento ao seu e-mail e Whatsapp para atualizações. Estamos ansiosos para ser parte do seu dia a dia no campo!

Enviamos um e-mail de boas-vindas para você! Se não o encontrar na sua caixa de entrada, por favor, verifique a pasta de Spam (lixo eletrônico) e marque a mensagem como ‘Não é spam” para garantir que você receberá os próximos e-mails corretamente.