Nativa do Brasil, fruta pode ser uma boa opção para pequenos agricultores
A pitomba, fruto da pitombeira (Talisia esculenta), é uma fruta nativa do Brasil, valorizada tanto cultural quanto economicamente, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Com a crescente demanda por frutas nativas e sustentáveis, a pitomba surge como uma excelente opção para pequenos e médios produtores.
Segundo o último censo agropecuário do IBGE, o consumo de frutas nativas no Brasil tem crescido em torno de 10% ao ano, o que abre oportunidades significativas para o cultivo e comercialização da pitomba.
A pitombeira é nativa da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica. Ela se adapta bem a climas tropicais e subtropicais, crescendo bem em solos argilosos e arenosos com boa drenagem.
De acordo com a Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados), a pitombeira é uma árvore que pode atingir até 15 metros de altura, com folhas compostas e flores pequenas, de cor branca, que surgem em cachos.
Em relação à fruta, a pitomba tem um sabor adocicado, com notas levemente ácidas, sendo comparada ao tamarindo e à acerola. A polpa é suculenta e a fruta possui um aroma forte, o que a torna atraente para o consumo in natura e para o preparo de sucos e geleias. A frutificação ocorre entre o quinto e o sétimo ano, dependendo do cultivo.
A pitombeira pode ser plantada por meio de sementes, estacas e enxertia. O uso de sementes é o método mais comum, com germinação de cerca de 80%. A enxertia, contudo, pode reduzir o tempo de frutificação para três anos. A propagação por estacas é menos comum e apresenta uma taxa de sucesso de 60%.
Para um bom desenvolvimento, o solo deve ser corrigido com calcário, mantendo o pH entre 5,5 e 6,5. O espaçamento recomendado é de sete a dez metros entre as árvores. O plantio deve ocorrer no início da estação chuvosa, favorecendo o enraizamento.
Nos primeiros anos de cultivo, a pitombeira necessita de irrigação regular, especialmente em regiões onde a precipitação é irregular. A exigência hídrica da planta é moderada, sendo suficiente 20 a 30 milímetros de água por semana. A adubação deve ser feita com nitrogênio, fósforo e potássio em intervalos semestrais, complementada por esterco orgânico.
As principais pragas são a mosca-das-frutas e pulgões. Entre as doenças, destaca-se a podridão-radicular. O controle pode ser feito com defensivos biológicos ou químicos. O uso de fungicidas à base de cobre é eficaz para doenças fúngicas.
A colheita ocorre entre outubro e dezembro. Os frutos devem ser colhidos manualmente, quando a casca estiver marrom. Uma pitombeira adulta pode produzir de 30 a 50 quilos de frutos por safra.
Os frutos são perecíveis, podendo ser armazenados por até cinco dias em temperatura ambiente ou 15 dias em refrigeração. Processá-los em sucos, geleias ou polpas congeladas pode aumentar a rentabilidade, agregando valor ao produto.
A pitomba é rica em vitamina C, além de cálcio, fósforo e ferro, essenciais para a manutenção da saúde óssea e do sistema cardiovascular. Também é uma fonte de fibras dietéticas, que auxiliam no trânsito intestinal.
Por ser rica em antioxidantes, o consumo da pitomba combate os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce e doenças degenerativas. A fruta possui ação anti-inflamatória e pode ajudar a reduzir o risco de doenças crônicas, como câncer e doenças cardiovasculares.
Tradicionalmente consumida in natura, a pitomba é usada em compotas, geleias, licores e sucos. Recentemente, seu uso foi expandido para sobremesas gourmet e até pratos salgados, como molhos para carnes.
Além da gastronomia, a pitomba tem grande potencial industrial. Seus antioxidantes e vitaminas podem ser aproveitados na produção de cosméticos e bebidas alcoólicas artesanais, valorizando a cadeia produtiva e oferecendo novas oportunidades para produtores.
Como espécie nativa, a pitombeira contribui para a biodiversidade e a preservação de ecossistemas florestais. O cultivo sustentável, com práticas agroecológicas, pode ajudar na recuperação de áreas degradadas e no combate ao desmatamento.
A produção de pitomba é uma oportunidade econômica para comunidades rurais, especialmente no Norte e Nordeste do Brasil. Seu cultivo pode gerar renda e empregos, promovendo o desenvolvimento sustentável dessas regiões.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão
Siga o Agro Estadão no Google News e fique bem informado sobre as notícias do campo.