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Economia

Leite: perdas no RS devem elevar preço ao produtor, diz Cepea

Indústria gaúcha retoma captação do leite interrompida pelas enchentes: ‘cerca de 3 milhões de litros deixaram de ser coletados até o domingo’, projeta Sindilat

1 minuto de leitura 08/05/2024 - 18:21

Sabrina Nascimento

Foto: MPA/Divulgação
Foto: MPA/Divulgação

Os fortes temporais das últimas semanas no Rio Grande do Sul obrigaram laticínios a interromper a produção, seja por danos causados em suas estruturas industriais, falta de energia elétrica ou pela impossibilidade de efetuar a captação do leite cru nas fazendas. 

Além disso, a circulação de insumos, do leite cru e dos lácteos vem sendo prejudicada. Com a redução na produção de leite, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), acredita que os preços no campo devem aumentar. 

Agentes de mercado consultados pelo Cepea avaliam que as perdas estruturais no campo e nas indústrias podem retardar a recuperação da oferta de leite e dos lácteos.  Com isso, a perspectiva de preços ao produtor em alta se fortalece ainda mais para os próximos meses.

Entretanto, “não se tem, até o momento, uma projeção da intensidade dessas variações nos preços do leite cru e dos lácteos, na medida em que os agentes da cadeia ainda calculam os impactos e prejuízos das enchentes no Rio Grande do Sul”, informa o Cepea em nota.

Retomada da captação 

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A captação de leite vem sendo restabelecida aos poucos no Rio Grande do Sul. O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) informou que diversas propriedades voltaram a ser acessadas pelos caminhões de leite na terça-feira, 07, já que o nível das águas começou a baixar. A expectativa é de aumento da coleta nos próximos dias. 

“As empresas estão se ajudando, captando leite de todos os produtores possíveis, daqueles que são seus fornecedores e os que não são também. É a forma que encontramos de garantir renda para essas famílias e não prejudicar ainda mais o abastecimento”, comenta em nota o presidente do Sindilat, Guilherme Portella.

Segundo levantamento do Sindilat, cerca de 3 milhões de litros deixaram de ser coletados desde o  início dos alagamentos até domingo, 05, no estado. O trabalho foi impossibilitado pela interrupção de estradas, morte de animais e alagamento de propriedades rurais. 

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