Galinhas poedeiras: conheça as principais raças e dicas de manejo

As galinhas poedeiras ou também conhecidas como galinhas de postura são aquelas criadas com a finalidade de produção de ovos. Por isso, as raças, as técnicas e o manejo são diferentes em granjas de produção de carne e de ovos. 

As raças oferecem um leque de variedade para o produtor, já que algumas são mais produtivas, enquanto outras se destacam pela qualidade dos ovos e há, ainda, aquelas que são mais rústicas, o que exige menos custo de produção. O Agro Estadão separou os principais tipos de galinhas poedeiras e dicas para um manejo eficiente. 

Principais raças de galinhas poedeiras

Cor dos ovos, quantidade de ovos por ano e gramatura são alguns aspectos que mudam de galinha para galinha de acordo com a raça. Saber sobre essas diferenças ajuda na estratégia do produtor avícola. 

1. Rhode Island Red

A raça é de origem americana e considerada uma das mais resistentes, podendo variar a forma de criação. É usada também para produção de carne. Os ovos costumam ser da categoria “grande” e de coloração marrom clara. A plumagem das galinhas é caracterizada por ter penas marrom-avermelhadas e a ave tem um porte médio. A produção de ovos por ano varia conforme o manejo, podendo chegar até 300 unidades. 

2. Isa Brown

Essas são galinhas que surgiram na França a partir de cruzamentos com outras raças e adaptáveis a climas e sistemas diferentes. Com porte pequeno e plumagem vermelho-escuro, essas aves são destinadas para produção de ovos. É considerada uma galinha de alta produtividade com média de 300 ovos por ano, podendo até superar esses números. Os ovos são grandes e de coloração marrom.  

3. Leghorn

Aves de origem mediterrânea, mais precisamente na Itália, essas galinhas têm plumagem branca e porte médio. Os ovos também têm coloração branca e de tamanho grande. A produtividade é alta, variando entre 280 e 320 ovos por ano. Uma característica é sua boa conversão alimentar, ou seja, exigem menos ração para produção de ovos.

4. Sussex

Britânica, essas aves têm dupla aptidão – ovos e carne, além de boa resistência a doenças. Também são consideradas de fácil manejo. Tem plumagem branca com com alguns tons de preto ou cinza no pescoço. Os ovos são de tamanho médio e cor marrom clara. A produtividade varia entre 180 e 200 unidades em média por ano. 

5. Galinha caipira

Essas são galinhas comuns no Brasil e adaptadas às condições do país, podendo ser criadas até em sistema aberto. Em geral, são galinhas de porte médio e plumagem preta. Apesar de não ter uma produtividade tão alta (em média 180 ovos por ano), os ovos e a carne têm um valor maior no Brasil. Os ovos variam de tamanho e de cor, podendo ir de tom azulado claro até marrom com pintas. 

Cartilha da Embrapa: veja como criar galinhas caipiras

Como deve ser a alimentação das galinhas poedeiras?

A nutrição é parte fundamental na produção de ovos. Além disso, essa alimentação varia de acordo com as fases de vida das aves. Em geral, a base das rações é o milho e pode ter ainda farelo de soja, farelo de trigo, calcário, fósforo e outros suplementos. Algumas galinhas também podem se alimentar de gramas ou capins, dependendo do sistema de manejo. 

Na alimentação é importante ter alguns cuidados.

• Estocagem da ração: é importante evitar umidade e manter protegido de ratos ou outros animais. Por serem materiais perecíveis, é preciso observar se não há fungos, que podem causar mortalidade dos animais.
• Composição: o produtor deve estar atento para a fase que o animal está e ofertar a ração conforme essas etapas. O recomendado é uma ajuda profissional para formulação dessa ração.
• Distribuição de comedouros: outro aspecto é a disposição dos comedouros na área. Garantir a alimentação adequada para as galinhas faz a diferença na produção.
• Água: a oferta de água adequada para cada fase, além da temperatura e da qualidade dessa água, também precisam ser observadas pelo produtor. A ocorrência de diarreia, por exemplo, pode estar ligada à qualidade da água.

Outros pontos do manejo das galinhas poedeiras

Além da alimentação, a estrutura do galinheiro, os ninhos e camas, a limpeza e a coleta dos ovos também requerem atenção do produtor. No caso da limpeza, é importante observar questões como o vazio sanitário e medidas de biosseguridade. 

Outro ponto é a coleta dos ovos. Ovos trincados ou sujos acabam recebendo uma classificação inferior e por isso perdem valor de mercado. Normalmente, a coleta é feita de quatro a seis vezes ao dia, o que reduz esses danos nos ovos. Trocar a cama dos ninhos também é recomendado. 

Confira o material da Emater-DF com dicas de manejo para galinhas poedeiras

Como comercializar os ovos?

Dependendo das opções que o produtor tiver é preciso iniciar esse processo de comercialização ainda na seleção e armazenagem. Isso porque, a partir de duas semanas, os ovos já começam a perder a qualidade e aqueles com fissuras têm um tempo ainda menor. 

Outra etapa é a identificação dos canais de venda: se vai ser uma venda local, para um terceiro, na feira, por encomenda, entre outras formas. O produtor também pode ficar atento aos nichos de mercado, como é o caso dos ovos de galinhas caipiras, que costumam ter um valor maior. 

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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