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Entenda o processo para cultivar goiaba e ter sucesso na colheita

Análise do solo, preparo cuidadoso e mudas enxertadas são os primeiros passos para uma colheita de goiabas farta e lucrativa

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Redação Agro Estadão*

27/04/2025 - 08:00

Foto: Adobe Stock
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A goiaba, fruta tropical de sabor inconfundível e aroma marcante, tem se destacado como uma cultura promissora para produtores rurais brasileiros. Sua importância vai além do aspecto econômico, abrangendo também seu valor nutricional e versatilidade culinária. 

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção total de goiaba no Brasil no ciclo 2023/24 foi de aproximadamente 583 mil toneladas, com valor total da produção de cerca de R$ 1,3 bilhão, representando um crescimento de 19% em relação ao ano anterior. Esse cenário positivo reflete a importância dessa fruta para o Brasil.

Preparo do solo e plantio da goiabeira

A primeira etapa crucial para cultivar goiaba é a análise do solo, que permite identificar deficiências nutricionais e determinar o pH ideal para o desenvolvimento da goiabeira. O pH recomendado para o cultivo varia entre 5,5 e 6,5. 

Com base nos resultados da análise, é possível realizar correção do solo, a calagem e a adubação de base de forma precisa, garantindo que a planta tenha acesso aos nutrientes essenciais desde o início de seu desenvolvimento.

O preparo do terreno envolve técnicas como aração e gradeação, que visam descompactar o solo e melhorar sua estrutura. É fundamental garantir uma boa drenagem, pois a goiabeira não tolera encharcamento. 

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Em áreas com tendência a acúmulo de água, a construção de sistemas de drenagem pode ser necessária.

Quanto ao espaçamento e plantio, as recomendações variam de acordo com o sistema de produção adotado. Para pomares comerciais, um espaçamento comum é de 7×5 metros entre plantas, permitindo uma densidade de aproximadamente 285 plantas por hectare. 

O uso de mudas enxertadas é preferível, por garantir maior uniformidade e precocidade na produção. No momento do plantio, é importante fazer covas amplas, com dimensões mínimas de 60x60x60 centímetros, incorporando matéria orgânica e fertilizantes conforme recomendação da análise de solo.

Manejo e tratos culturais

Para cultivar goiaba, o manejo adequado da planta é essencial para garantir uma produção de qualidade e em quantidade satisfatória. A irrigação desempenha um papel crucial, especialmente em regiões com déficit hídrico. 

Sistemas de irrigação localizada, como gotejamento ou microaspersão, são os mais indicados, ao permitirem maior eficiência no uso da água e reduzem a incidência de doenças foliares.

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A adubação de cobertura deve ser realizada regularmente, seguindo as recomendações técnicas baseadas na análise de solo e foliar. Geralmente, são feitas aplicações parceladas de nitrogênio, potássio e micronutrientes ao longo do ciclo produtivo, visando suprir as necessidades nutricionais da planta e garantir frutos de qualidade.

A poda é uma prática fundamental no manejo da goiabeira. Existem diferentes tipos de poda, cada uma com objetivos específicos:

  • Poda de formação: realizada nos primeiros anos para dar forma à copa da árvore;
  • Poda de limpeza: remove ramos secos, doentes ou mal posicionados;
  • Poda de produção: estimula o desenvolvimento de novos ramos produtivos.

Por fim, as principais pragas que afetam a cultura incluem o gorgulho da goiaba, a mosca-das-frutas e o psilídeo. Entre as doenças mais comuns, destacam-se a ferrugem, a antracnose e a bacteriose. 

O manejo integrado de pragas e doenças, combinando métodos culturais, biológicos e, quando necessário, químicos, é a abordagem mais eficaz e sustentável.

O raleio de frutos é uma prática que visa melhorar a qualidade dos remanescentes. Consiste na remoção do excesso de frutos jovens, permitindo que os que permanecem na planta se desenvolvam com maior tamanho e qualidade. 

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Esta prática é especialmente importante para a produção de goiabas de mesa, onde o tamanho e a aparência dos frutos são fatores determinantes para a comercialização.

Colheita, pós-colheita e comercialização da goiaba

Foto: Adobe Stock

O ponto ideal de colheita varia conforme a finalidade da produção (consumo in natura ou processamento industrial) e a distância do mercado consumidor. 

Para goiabas destinadas ao consumo fresco, o ponto de colheita é quando os frutos começam a mudar de cor, passando do verde-escuro para um tom mais claro, e apresentam uma leve maciez ao toque.

A colheita manual é o método mais comum e recomendado para preservar a integridade dos frutos. Os colhedores devem ser treinados para manusear as goiabas com cuidado, evitando danos mecânicos que possam comprometer a qualidade e a vida útil pós-colheita. O uso de luvas e caixas plásticas forradas com material macio ajuda a prevenir ferimentos nos frutos.

O armazenamento adequado é importante para prolongar a vida útil das goiabas. A temperatura ideal de armazenamento varia entre 8 °C e 10 °C, com umidade relativa do ar entre 85% e 90%. Nestas condições, as goiabas podem ser conservadas por até 3 semanas, dependendo do estágio de maturação no momento da colheita.

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A escolha da embalagem adequada é fundamental para o transporte e comercialização. Caixas plásticas ou de papelão ondulado, com capacidade para 3 a 5 quilos de frutos, são comumente utilizadas. É importante que as embalagens permitam a ventilação adequada e protejam os frutos contra impactos durante o transporte.

Quanto à comercialização, os produtores de goiaba têm diversas opções de canais:

  • Mercados locais e feiras: ideais para pequenos produtores, permitem contato direto com o consumidor final;
  • Supermercados: exigem maior padronização e volume constante de produção;
  • Indústria de alimentos: para produção de polpas, sucos e outros derivados;
  • Exportação: requer atenção às normas fitossanitárias e padrões de qualidade internacionais.

O desenvolvimento de novos produtos à base de goiaba, como snacks desidratados, bebidas funcionais e cosméticos naturais, abre novas possibilidades de agregação de valor à produção. 

Além disso, a adoção de práticas sustentáveis e a certificação orgânica podem diferenciar o produto no mercado, atendendo a um nicho de consumidores cada vez mais conscientes e exigentes.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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