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Com produção menor de cana, Brasil ainda deve bater recorde na produção de açúcar

Estimativa é referente a safra 2024/2025 e foi divulgada pela Conab

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta, 25, a primeira estimativa da safra de cana-de-açúcar 2024/2025. De acordo com o órgão, o Brasil deve colher 685,86 milhões de toneladas de cana, o que é 3,8% menor do que a safra de 2023/2024. 

Na avaliação da companhia, a falta de chuvas e as altas temperaturas na região Centro-Sul, que corresponde a mais de 90% da produção, são fatores condicionantes para uma estimativa menor em relação à safra anterior, que contou com condições climáticas melhores. Essas intempéries ocasionam uma perda de produtividade de 7,6%, ou seja, cada hectare deve produzir em média 79 toneladas frente à média de 85,5 toneladas do ano safra passado. 

O relatório também aponta um crescimento de 4,1% na área plantada, que foi de 8,33 milhões de hectares para 8,67 milhões de hectares. “O crescimento deve-se ao aumento de áreas em expansão e renovação, sendo que a colheita na Região Centro-Sul, já iniciada, passa a se intensificar a partir de maio”, indica em nota a Conab.

Com isso, a estimativa de produção de cana-de-açúcar por região é:

Preços favorecem opção por açúcar

Apesar da queda na colheita, a expectativa é que a produção de açúcar cresça 1,3% e chegue a 46,29 milhões de toneladas do subproduto da cana. Caso se confirme, essa produção será a maior desde que a série histórica da Conab foi criada na safra 2013/2014.

“O Brasil segue com cenário favorável para o açúcar no mercado mundial, o que acaba por favorecer o mix de produção em detrimento do etanol na safra 2024/25, culminando com previsão de aumento da produção do adoçante, apesar de uma menor produção da matéria-prima”, justifica em nota a companhia.

Além disso, a Conab aponta que a Índia vem sofrendo com condições climáticas e uma seca provocada pelo El Niño. Isso afetou a produção indiana, que é um dos grandes exportadores de açúcar no mundo. 

Quanto ao etanol, a previsão é de redução de 4%, incluindo a produção a partir de cana e de milho. Com isso, a produção passaria de 35,6 milhões de litros para 34,1 milhões de litros. Ao analisar apenas a produção a partir da cana-de-açúcar, a retração é de 8%.“A redução de 8% prevista para a próxima safra tende a diminuir a diferença para a gasolina, em virtude do melhor cenário do açúcar, com o mix de produção em desfavor do álcool”, diz a Conab.

Categorias: Economia
Tags: acçúcar, cana-de-açúcar, Conab, etanol

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