Economia
Com alta da China e recuo dos EUA, carne bovina tem novo recorde
Além da China, México e Itália ampliaram suas importações do Brasil no acumulado de 2025, com altas de até 218%

Redação Agro Estadão
07/08/2025 - 17:16

O Brasil exportou um volume recorde de 310,2 mil toneladas de carne bovina in natura e processada em julho — 15,3% a mais frente ao mês anterior e 4% acima do então recorde alcançado em outubro de 2024 (298,24 mil toneladas). Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior, compilados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No período, a receita também atingiu patamar histórico: R$ 9,2 bilhões.
Segundo o Cepea, para os Estados Unidos o volume exportado foi praticamente o mesmo de junho: 18,2 mil toneladas — duas mil toneladas a mais frente ao mês anterior. Em julho, o país anunciou tarifas de 50% sobre o produto brasileiro, em vigor desde a quarta-feira, 06.
Apesar do leve aumento no volume comprado, a participação norte-americana no total das vendas brasileiras recuou no período — saindo de 6,8% em junho para 5,9% em julho. O país, no entanto, seguiu como o segundo principal destino das exportações de carne bovina do Brasil.
Na contramão desse movimento, a China, principal comprador, aumentou a sua participação de 50% para 51,1% do total no mesmo período. Em julho, os terceiro, quarto e quinto maiores importadores, respectivamente, foram México (5%), Rússia (4,5%) e Chile (3,3%).
No acumulado dos sete primeiros meses de 2025, a participação mexicana e italiana tem se destacado. Ambos países elevaram as compras de carne carne bovina in natura e processada em 218,5% e 169%, respectivamente, frente ao mesmo período do ano passado.

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