Champignon, cogumelo ostra e shiitake estão entre os mais cultivados no Brasil
Os cogumelos são alimentos tradicionais na gastronomia de muitos países pelo mundo. Não é difícil visitar restaurantes asiáticos e se deparar com um prato que tenha shiitake ou passar por restaurantes de comida europeia que tenham no menu o famoso champignon como um dos ingredientes.
Suas propriedades nutritivas e sua funcionalidade têm ganhado espaço no paladar brasileiro, já que é relativamente recente o uso na gastronomia nacional. Mesmo assim, ainda se consome pouco. Segundo a Associação Nacional dos Produtores de Cogumelos (ANPC), o consumo por pessoa por ano no Brasil é de aproximadamente 160 gramas, considerado baixo frente aos italianos, franceses e alemães, que ultrapassam os dois quilos, e muito inferior ao consumo de chineses, que comem até oito quilos por ano.
Essa margem de ampliação do consumo é uma oportunidade para os produtores rurais, especialmente os familiares. Isso porque podem melhorar a renda com um produto de alto valor econômico e que exige um espaço de cultivo menor, se comparado a outras culturas como soja e milho.
Os cogumelos chegaram a ser classificados como plantas por um período, mas depois se descobriu que na verdade eles são fungos. Podem ser definidos como fungos gigantes que podem ser vistos a olho nu. No entanto, nem todo fungo é um cogumelo e nem todo cogumelo pode ser consumido.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regula os requisitos sanitários para o consumo desses fungos. Ela conceitua os cogumelos comestíveis como “produtos obtidos de espécies de fungos comestíveis tradicionalmente utilizadas como alimento”.
De acordo com a ANPC, a partir da metade do século XX, o brasileiro passou a ter mais contato com esses fungos comestíveis devido a vinda de imigrantes japoneses e chineses. Das mais de dez mil espécies de cogumelos, duas mil são consideradas aptas para o consumo humano.
Champignon, cogumelo ostra, shiitake e cogumelo do sol estão entre os principais tipos cultivados no Brasil. Com sabor, textura e usos diferentes, eles podem ser opção para os produtores. Conheça mais sobre esses tipos:
Vale lembrar que cada espécie requer uma forma de manejo diferente ou com particularidades. Por isso, as etapas que serão apresentadas a seguir servem para dar um direcionamento, mas antes de começar um cultivo é recomendado a instrução de um profissional.
Itens como temperatura, umidade e ventilação são fundamentais na fungicultura. Por isso, um ambiente ideal vai permitir que esses aspectos sejam modificados de acordo com a necessidade. Além disso, também é bom que o local seja fresco e sombreado, sem a exposição direta do sol.
Os substratos são uma espécie de “terra” para o cultivo dos cogumelos. De maneira geral, esse substrato deve ser rico em matéria orgânica, mas nem todo fungo comestível exige o mesmo composto. Por exemplo, o shiitake precisa de um tronco, enquanto outros vão ser mais propícios a uma cama de serragem ou de palha de cereais. Outro aspecto é que o substrato precisa ser pasteurizado ou esterilizado para eliminar possíveis contaminações.
Nessa fase, é feita a introdução do micélio do fungo que se deseja cultivar. Esse micélio é a parte vegetativa do fungo. A partir dele é que dará origem ao corpo de frutificação do fungo. Na agricultura, o paralelo seria o processo de plantio das sementes.
Depois de plantado, o micélio se espalha e cresce no substrato. Esse período pode variar entre um e três meses. A frutificação vem em seguida, após o estabelecimento do micélio. É quando o corpo dos cogumelos começa a aparecer e a se desenvolver.
Para colher, cada tipo de cogumelo tem um ponto de maturação. É só a partir desse ponto que se recomenda a retirada. Uma vez colhido, o cogumelo deve ser armazenado em um ambiente refrigerado para não perder a qualidade.
Existem uma gama de técnicas utilizadas no cultivo de cogumelos e cada uma conta com vantagens e forma de aplicações distintas. Alguns exemplos são:
O cultivo de cogumelos pode ser afetado por fungos parasitas, bactérias, insetos e até ácaros. O monitoramento e controle desses agentes nocivos pode ser feito com produtos defensivos químicos ou biológicos, além de armadilhas de captura.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão
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