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Qual o impacto do capim pé-de-galinha e como controlar?

Com alta produção de sementes e dormência, a daninha se adapta a diferentes solos e climas, dificultando o controle

Nome Colunistas

Redação Agro Estadão*

22/05/2025 - 08:00

Foto: Adobe Stock
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O capim pé-de-galinha (Eleusine indica) é uma das plantas daninhas mais problemáticas para diversas culturas no Brasil. Entender e manejar essa invasora é fundamental para evitar perdas significativas na produtividade e rentabilidade da propriedade. 

De acordo com a Embrapa, a competição do capim pé-de-galinha com a soja pode reduzir a produtividade em até 12% em apenas 21 dias de convivência. Além disso, atrasa o ciclo da cultura em 7 dias e afeta número de vagens e massa seca da planta hospedeira.

Por que o capim pé-de-galinha é uma ameaça?

O capim pé-de-galinha possui características biológicas que o tornam extremamente agressivo. Sua alta capacidade de produção de sementes, variando entre 40 mil a 120 mil por planta, associada à rápida germinação e desenvolvimento, contribui para sua proliferação acelerada nas lavouras.

Ela se adapta facilmente a diferentes tipos de solo e condições climáticas, resistindo tanto a períodos de seca quanto a alta umidade. Essa versatilidade permite que o capim pé-de-galinha se estabeleça em diversos ambientes agrícolas.

Além disso, a dormência das sementes é um fator que intensifica sua persistência. Essa característica permite que as sementes permaneçam viáveis por longos períodos, germinando em condições favoráveis e dificultando o controle a longo prazo.

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A infestação de capim pé-de-galinha pode causar prejuízos substanciais às culturas. Essa planta daninha compete diretamente por água, luz e nutrientes, prejudicando o desenvolvimento da lavoura. Em situações de alta infestação, a formação de touceiras densas pode dificultar a colheita e depreciar a qualidade do produto final.

Táticas de controle

Foto: Adobe Stock

O manejo químico eficaz do capim pé-de-galinha envolve a aplicação estratégica de herbicidas em diferentes momentos. O controle pré-emergente consiste na aplicação de herbicidas no solo antes que as sementes do capim pé-de-galinha germinem. 

O objetivo é criar uma camada química na superfície do solo que impeça o desenvolvimento inicial das plântulas (embrião vegetal) ao entrar em contato com o produto. Essa tática é fundamental para reduzir o número de sementes no solo e diminuir a pressão de infestação desde o início do ciclo da cultura. 

A eficácia dos herbicidas pré-emergentes pode ser influenciada por fatores como umidade do solo e tipo de solo.

Já o controle pós-emergente é realizado após a germinação e emergência das plantas do capim. Neste caso, os herbicidas são aplicados diretamente sobre as plantas daninhas já estabelecidas na lavoura. 

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A chave para o sucesso do controle pós-emergente está no tempo da aplicação. É recomendado que a aplicação seja feita quando a erva se encontra em estádios iniciais de desenvolvimento, geralmente com 2 a 4 folhas. 

Plantas mais jovens são mais suscetíveis aos herbicidas, facilitando o controle e reduzindo a necessidade de doses mais elevadas. À medida que a planta daninha cresce e forma touceiras, seu controle químico torna-se mais difícil e menos eficaz.

É importante ressaltar que a escolha de produtos eficazes, especialmente para biótipos resistentes, é fundamental para o controle. Um agrônomo deve ser consultado sobre a melhor estratégia de aplicação de herbicidas considerando as particularidades da sua lavoura.

A rotação de mecanismos de ação de herbicidas é uma prática indispensável para retardar o desenvolvimento de resistência. Essa estratégia ajuda a preservar a eficácia dos produtos químicos disponíveis e prolonga sua vida útil no manejo do capim pé-de-galinha.

Adicionalmente, é importante integrar práticas culturais ao controle químico. Algumas medidas eficazes incluem:

  • Rotação de culturas para quebrar o ciclo da planta daninha;
  • Uso de cobertura vegetal para suprimir a germinação;
  • Manejo adequado da fertilidade do solo para favorecer a cultura principal.

O monitoramento constante da lavoura é essencial para identificar precocemente as infestações e tomar medidas de controle oportunas. Isso permite intervenções mais eficazes e econômicas, reduzindo o impacto do capim pé-de-galinha na produtividade.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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