Arroz: consultor diz que importação é a saída, mas não é o momento | Agro Estadão Arroz: consultor diz que importação é a saída, mas não é o momento | Agro Estadão
apresenta
PUBLICIDADE

Economia

Arroz: consultor diz que importação é a saída, mas não é o momento

Carlos Cogo avalia medida em estudo pelo ministério da Agricultura que prevê importação de arroz; perdas na safra do RS ainda são incertas

2 minutos de leitura 08/05/2024 - 13:20

Sabrina Nascimento

Foto: Adobe Stock
Foto: Adobe Stock

Principal estado produtor de arroz no Brasil, o Rio Grande do Sul responde por 60% da área plantada nesta safra, cerca de 900 mil hectares do total de 1,5 milhão de hectares de lavouras. Quando as inundações começaram, 27% da área ainda precisava ser colhida, o equivalente a 2 milhões de toneladas.

A atual safra era estimada em 7,5 milhões de toneladas, e ainda não é possível estimar quanto desse volume está perdido. As projeções iniciais feitas pelo consultor de mercado Carlos Cogo indicam perdas entre 800 mil e 1 milhão de toneladas. 

“Além das perdas que teremos nas áreas ainda não colhidas, havia estoques de arroz em armazéns das cooperativas, cerealistas e indústrias, boa parte em silos que estão inundados”, avalia. Ainda existe a dificuldade de logística para transportar esse cereal, já que pontes e estradas foram destruídas. 

Ele defende a necessidade de dimensionar as perdas antes de qualquer outra medida, inclusive a importação de arroz, anunciada pelo ministro da Agricultura Carlos Fávaro, nesta terça, 07.. “Foram só quatro meses de escoamento, a colheita ganhou força mesmo em março e abril, então, tinha muita coisa estocada. Então, esse balanço tinha que ser emergencial. Concordo que não dá para fazer agora, mas seria a primeira coisa antes de tomar uma atitude”. 

O consultor chama a atenção para importações que podem se tornar desnecessárias no futuro, provocando desequilíbrio no mercado. 

PUBLICIDADE

Há risco de desabastecimento ?

A produção brasileira para a safra 2023/2024 era estimada em 10,5 milhões de toneladas de arroz, o mesmo volume projetado para o consumo do cereal no país. Cogo avalia que já é um estoque “apertado”, o que faz o Brasil importar, em média, 1 milhão a 1,4 milhão de toneladas de arroz do Mercosul – especialmente Paraguai, mas também Uruguai e Argentina. Isso porque o país também exporta cerca 1,5 mi toneladas ao ano. 

 “Essa importação já vai ocorrer de qualquer maneira, não necessita da mão do governo para ocorrer. O setor privado é muito mais ágil do que o governo e tem todos os canais prontos para fazer essa operação, que já é uma operação de praxe, não é uma operação anormal”, analisa Cogo.

Além de deixar na mão da iniciativa privada para garantir agilidade, o consultor defende a alíquota zero, como já acontece para o produto do Mercosul. Hoje, o Brasil cobra uma alíquota de importação de 10% sobre o arroz em casa e de 12% sobre o beneficiado. 

PUBLICIDADE
Logo Agro Estadão
Bom Dia Agro
X
Carregando...

Seu e-mail foi cadastrado!

Agora complete as informações para personalizar sua newsletter e recebê-la também em seu Whatsapp

Sua função
Tipo de cultura

Bem-vindo (a) ao Bom dia, Agro!

Tudo certo. Estamos preparados para oferecer uma experiência ainda mais personalizada e relevante para você.

Mantenha-se conectado!

Fique atento ao seu e-mail e Whatsapp para atualizações. Estamos ansiosos para ser parte do seu dia a dia no campo!

Enviamos um e-mail de boas-vindas para você! Se não o encontrar na sua caixa de entrada, por favor, verifique a pasta de Spam (lixo eletrônico) e marque a mensagem como ‘Não é spam” para garantir que você receberá os próximos e-mails corretamente.