IBGE quer usar internet no Censo Agropecuário em 2026
Na Agrishow, presidente do IBGE ouviu opiniões do setor sobre o Censo Agropecuário que deve começar em 2026
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01/05/2024 | 08:23
Por: Fernanda Farias | fernanda.farias@estadao.com
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pretende usar a internet para realizar o Censo Agropecuário no Brasil, previsto para iniciar em janeiro de 2026. De acordo com o presidente do IBGE, a ideia é que isso aconteça nos lugares “em que for possível”, já que em grande parte da zona rural, a conectividade ainda é um desafio. De acordo com pesquisa recente da Associação Conectar AGRO, quase 40% das propriedades rurais não têm cobertura completa de sinal de internet 4G.
Segundo o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, o instituto está fazendo testes e analisando experiências de outros países, como Alemanha e Estados Unidos. Ele enfatiza que a modalidade exige um trabalho de educação das comunidades e preparação das equipes. Além disso, o IBGE tem se reunido com representantes do setor produtivo para colher opiniões sobre como deve ser o questionário e que tipo de informações são necessárias. Na Agrishow, em Ribeirão Preto, os encontros foram com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).
“Você ir ao campo, mas fazer um questionário pequeno, você perde a oportunidade de fazer um raio-x completo”, disse Pochman, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira, 30, na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). O presidente ainda afirmou que os custos do Censo Agropecuário ainda estão sendo avaliados e a fase é de diálogo com instituições públicas e privadas para firmar parcerias.
“Para aplicar as melhores práticas em relação à diminuição de custos, compartilhamento de informações prévias com instituições que já têm dados, como bancos e cooperativas”, explicou. Segundo ele, também se estuda a possibilidade de realizar pesquisas por amostragem anuais.
O primeiro Censo Agropecuário do IBGE aconteceu em 1920. O mais recente foi realizado em 2017, quando indicou existirem 5 milhões de estabelecimentos agropecuários no Brasil.